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Not�cia - Azeite de oliva diminui a fome
Azeite de oliva diminui a fome
Uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) revela que substâncias presentes no azeite de oliva e na linhaça marrom podem resgatar a sensação de saciedade nas pessoas obesas.
O nutricionista Dennys Esper Cintra identificou o efeito dos ácidos graxos ômega-3 e ômega-9 no cérebro de animais e constatou que eles impedem uma inflamação típica de pessoas acima do peso.
“Quem consome muita gordura saturada gera um processo inflamatório no hipotálamo”, explica o pesquisador. O hipotálamo é a região do cérebro responsável pelo controle da saciedade.
Se essa inflamação for persistente, devido à ingestão contínua de alimentos gordurosos, pode ocorrer a morte dos neurônios. “O processo é chamado de apoptose”, conta Cintra.
Quando isso acontece, o hipotálamo perde gradualmente o controle natural da saciedade. Desta forma, quem está acima do peso não recebe o alerta de que o corpo já comeu o suficiente.
Dose certa
Para identificar a dose ideal dos ácidos graxos, Cintra fez três tipos de testes em animais. Ele injetou direto no cérebro de ratos os ômegas 3 e 9. “Testamos uma dose que pode ser obtida em alimentos. Outra dose que só pode ser obtida por suplementos alimentares e uma dose impossível de se alcançar”, conta.
O melhor resultado foi alcançado com a menor dose, justamente aquela que pode ser adquirida por meio dos alimentos. “Há um desequilíbrio no cérebro, que pode ser recuperado com esses ácidos graxos”, explica.
O problema é causado pela ingestão de alimentos muito gordurosos, como carnes suína e bovina. Elas contêm ômega-6, que deve ser ingerido numa quantidade proporcional aos ômegas 3 e 9. “Se a pessoa come mais alimentos com ômega-6, ela terá problemas”, adverte o nutricionista.
Alimentos certos
Além da semente de linhaça, o ômega-3 está presente também no óleo de soja, na sardinha e no óleo de canola. Já o ômega-9 é encontrado no azeite de oliva, no amendoim, no abacate e também no óleo de soja. No entanto, para obter os benefícios destes alimentos, de acordo com o pesquisador, é preciso que eles sejam ingeridos com frequência. “O ideal é pelo menos três vezes por semana”, recomenda.
Novos neurônios
O próximo passo da pesquisa é investigar a possibilidade desses ácidos graxos favorecerem o surgimento de novos neurônios, processo chamado de neurogênese. “A pesquisa encontrou marcadores que sugerem a neurogênese.
Agora precisamos entender como acontece esse processo”, afirma o nutricionista.
Ao que tudo indica, os ácidos graxos agem sobre os neurônios afetados, revertendo o processo de morte instaurado pelas gorduras saturadas. “Precisamos descobrir se isso ocorre no local onde os neurônios foram mortos pelo excesso de gordura saturada.
Ainda não sabemos até que ponto, e nem porque razão, mas o ômega-3 é capaz de estimular a multiplicação de neurônios”, afirma o pesquisador.
Fonte: Saúde IG
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